quinta-feira, 28 de abril de 2011

CONVITE!

Na semana que vem dia 04/05 estaremos realizando em parceria com o Município o I Seminário de Avaliação do Processo de Inclusão Escolar na Educação Básica da Pessoa com Deificiência Intelectual e Múltipla, convidamos a todos os interessados pelo assunto a participarem, as inscrições são gratuitas e podem ser realizadas até o dia 02/05, informações pelo telefone 3251 2061.


terça-feira, 26 de abril de 2011

"EU JA VOU JA VOU AMIGO..."

O 26 de abril amanheceu triste e os gaúchos emocionados com a morte do grande tradicionalsita e cantor RUI BIRIVA. Não poderia deixar de comentar tamanha perda. A cultura do Rio Grande perde um grande promotor da música regionalista, um apaixonado pela música e pela arte. Um gremista, como EU, sempre alegre e envolvido com a cultura do Rio Grande. Na TVE apresentou a história de diversos Municípios Gaúchos e através da sua voz fez história e nos deixa uma saudade imensa. Das várias canções conhecidas UM DESTAQUE PARA O SEGUINTE TRECHO, que nos faz pensar: a arte da música também é um dom divino!!
"O CAMINHO AONDE EU SIGO
PARECE NÃO VOLTAR MAIS
EU JA VOU MAS VOLTO AMIGO
PORQUE A ESTRADA A GENTE FAZ"

Mas afinal o que é a morte?

O Dicionário nos diz claramente: MORTE "ato de morrer, fim da vida genital, animal, fim. Grande dor, pesar profundo. Entender a morte é algo que não passa na cabeça dos humanos, num entendimento consciente, mesmo sabendo que o ciclo do desenvolvimento nos impõe esse FIM. As concepções psicanalíticas trazem que ao nascermos iniciamos o processo de morte, o nascimento do bebê e a separação da mãe não deixa de ser um processo doloroso e traumático, ou seja uma representação significativa de ausência, de perda, de dor. Do ponto de vista biológico sabemos que é a interrupção completa e definitiva das funções vitais de um organismo vivo.

A Psicologia de um modo geral entende a morte como o final de um ciclo e início de outro, como o fim da infância e o início da adolescência, por exemplo. A morte do outro se configura como a vivência da morte em vida, que não é a própria, mas é vivida como se uma parte de nós morresse, ou seja é o rompimento do VÍNCULO, por isso tão doloroso. Podemos então dizer que é a ruptura irreversível do VÍNCULO.

Os sentimentos mobilizados pela morte fazem parte do processo de luto e de sua elaboração.
Freud, em "Luto e Melancolia" (1917), define o luto como uma reação à perda de um ente querido, à perda de alguma abstação que ocupou o lugar desse ente, desânimo profundo, falta de interesse pelo mundo externo e perda da capacidade de adotar um novo objeto de amor.
Ou seja, o objeto amado não existe mais, o que exige que a libido seja desviada para outro objeto, aqui temos o momento doloroso e resistente e somente após a elaboração do luto é que o ego fica livre e desinibido.

Esse luto pode ser normal ou patológico e exige um grande esforço de adaptação às novas condições de vida. A elaboração saudável ocorre quando internalizamos a aceitação da morte o que modifica o mundo interno e as nossas representações diante do mundo externo. Quando o indivíduo investe no sofrimento de forma exacerbada, por um período muito longo, com características obssessivas e adota um comportamento irreversível, temos aqui uma caracterização da elaboração patológica do luto.

O fato é que a morte nos causa muito medo por ser desconhecida, mesmo sendo comum a todos os seres humanos.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Trabalho na Escola e a Saúde Mental das Crianças

Hoje passamos por algumas dificuldades na escola e no enfrentamento de questões de violência, falta de respeito e má educação entre as crianças, criança com criança, bullyng, o que me deixou extremamente incomodada e me fez buscar mais entendimento de tais fenômenos que preocupam e nos intrigam pensando a saúde mental e as relações humanas a partir da infância, momento tão decisivo da vida, de constituição de personalidade, de definição de valores, de reconhecimento de regras, enfim. Acontece que se pararmos para pensar voltamos a falar dos adultos adoecidos, da desestrutura familiar, da falta de identificação na infância e na adolescência, do tão falado Bullyng. Não temos mais controle da situação e isso é muito sério.
Trabalhar a prevenção não é fácil mas é ainda o melhor caminho e não podemos deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, porque muitos dos envolvidos em situação de violência e falta de respeito é porque vivenciam isso segundo a segundo na família e na sociedade, não brincam, não convivem com crianças somente com adultos junto aos seus problemas e vícios. As crianças deixaram de ser crianças e esses pequenos adultos acham que podem tudo, gritam, respondem, fazem caretas, colcocam a língua pra fora e mandam a gente tomar no...na maior educação!
Cheguei em casa fiz algumas leituras e uma delas quero compartilhar com vcs pois achei muito interessante, ela nos mostra a importância do trabalho terapêutico com crianças e da possível identificação de doenças graves através de uma intervenção bem feita, no tempo certo e da responsabiliadade do profissional.

LEIA VALE A PENA!
Via http://www.orm.com.br/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=527532
Identificar distúrbios mentais na pré-escola pode evitar atos violentos e tragédias no futuro
Caso Wellington de Oliveira tivesse sido avaliado na infância e recebido tratamento adequado, a tragédia na escola Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, poderia ter sido evitada. A afirmação é do psiquiatra Timothy Brewerton, especialista em infância e adolescência e estudioso de casos de tiroteios em escolas, como a de Columbine, nos Estados Unidos, onde dois estudantes mataram 13 colegas em 1999, deixando 21 feridos.
Timothy Brewerton está no Brasil com mais sete psiquiatras e um psicólogo norte-americanos para conhecer o trabalho de algumas instituições que desenvolvem serviços para a infância e adolescência. Ele deu uma palestra para estudantes do curso de psiquiatria infantil da Santa Casa da Misericórdia, no centro do Rio
“Há muitos distúrbios mentais associados à violência que podem ser identificados precocemente e, se tratados, é possível, sim, evitar que esse indivíduo se transforme num futuro antissocial ou psicopata. Por isso, segundo ele, o papel do Estado é vital, oferecendo um programa educacional e de saúde voltado para a pré-escola.”
 O médico explicou que a maioria das doenças mentais se desenvolve na infância e na adolescência. “E este é o momento de intervir, pois faz uma enorme diferença e pode determinar o futuro dessa criança ou adolescente”.
Brewerton disse que embora o bullying (agressões entre alunos) esteja associado a 75% dos casos de ataques a escolas, este não é o fator determinante, mas, sim, o fato de que todos os atiradores que sofreram bullying apresentavam transtornos mentais. O psiquiatra alertou, no entanto, que a pratica de bullying é responsável por muitos problemas de saúde mental e devem ser reprimidos.
 “A maioria das escolas americanas fecham os olhos para esse tipo de problema e algumas culpam mesmo a criança que sofre o bullying. Quando há uma briga, as duas crianças são suspensas ou punidas. A violência nas escolas é um problema de saúde pública e é preciso enfrentar isso com mais seriedade”.
 Ele informou que dados da Associação Nacional de Educação dos Estados Unidos mostram que 160 mil crianças faltam aula diariamente por medo de ataques ou intimidações. O psiquiatra mostrou que entre 1966 e 2011 ocorreram 66 incidentes envolvendo atiradores em escolas. Do total 70% foram nos EUA (46) e 76% (57) cometidos por adolescentes. “Não existe um perfil. É impossível criar um esterótipo de um possível atirador. Mas posso garantir que a assistência de saúde mental evita todos os dias um ato violento na sociedade”.
 O fácil acesso a armas para ele é decisivo no alto número de ataques a escolas em seu país, e não deve ser ignorado, embora as autoridades norte-americanas se recusem a discutir o assunto. “Em 2009, um em cada dez jovens levou uma arma para a escola”, lamentou o médico. “E 58% dos casos de expulsão nas escolas foram por porte de arma, sendo 17% por arma de fogo”.
 No entanto, segundo o médico é importante enfatizar que apenas 1% das mortes de crianças ocorre nas escolas, que ainda são um dos locais mais seguros do mundo.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Ausente por uns dias...

Praticamente abandonei meu blog mesmo em tão pouco tempo de iniciação. É que os deveres com o trabalho e com a família receberam uma atenção especial, digamos assim. Essa semana na escola muito envolvimento com o danado do coelhinho, tivemos várias atividades que foram proporcionadas as crianças, equipe, famílias e a comunidade que foi nos visitar. Além da distribuição de chocolates, apresentação de trabalhos sobre o meio ambiente, a campanha da fraternidade e a páscoa, realizamos uma celebração ecumênica e a apresentação do teatro da escola com a peça "O coelhinho que não queria estudar", coordenada pela Professora Seila a qual recebe sempre meu incentivo e apoio pelo amor e dedicação com que desenvolve todos os dias seu papel de educadora e promotora de artes e também, o despertar de talentos e de superação. O teatro da escola especial sem dúvida é um dos melhores de toda a região não por que as crianças são especiais, mas porque tudo é realizado com muito cuidado, com criatividade e acima de tudo com muito amor. Vale a pena conferir!!

Também estive em São Francisco de Assis no Hospital Santo Antonio, a convite da UNIMED aqui de Santiago, para uma conversa sobre MOTIVAÇÃO. O trabalho faz parte da Medicina do Trabalho que presta assessoria no que se refere a saúde do trabalhador. Quero agradecer a oportunidade e registrar o quanto foi significativo para todos nós que estávamos la preocupados em discutir, ou melhor de encontar o caminho ou então uma melhor forma de MOTIVAÇÃO em todos os sentidos. O grupo foi muito participativo, desenvolvemos algumas ténicas, refletimos sobre casos, fatos e acontecimentos que determinam o comportamento humano e, logicamente, determinam a intensidade das nossas pulsões de motivação e estima. Espero que tenham gostado e mais uma vez obrigado pelo espaço e pelo momento que dedicaram para cuidar da saúde mental no ambiente de trabalho.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

IMPORTANTE PENSAR!!!

Fico muito preocupada com a enorme ligação que estão dando ao caso do Rio quanto ao comportamento do menino Welington associando o seu ato a esquizofrenia e a psicopatia. Nós que somos da área da saúde precisamos nos posicionar e enfrentar a mídia que estrapola na intenção de levar a informação banalizando o ato e o que é mais grave, expondo questões de saúde mental que precisam ser entendidas e esclarecidas por quem realmente entende a questão.
É importante pensar que não se pode afirmar nada com relação aquele menino pois até o que se sabe não existe um acompanhamento, um diagnóstico sobre o seu comportamento. A suposição de que a mãe biológica era esquizofrenica também não é o suficiente para dizermos que o menino fez o que fez por ser também esquizofrenico. Uma pessoa que "sofre" que é "doente" e que é portador de esquizofrenia, por exemplo, jamais planejaria milindrosamente como foi o caso de Welington, tamanha atrocidade.
Temos um caso inusitado em questão, existia um sofrimento, onde existe um sofrimento intolerável ou insuportável, existe a doença, a constituição histórica de Welington é sim algo determinante para o fato, a rejeição materna, no caso da mãe biológica, a morte dos pais adotivos, a questão sexual reprimida, talvez conflitos mal resolvidos na adolescência, mas aí a associar esses aspectos como determinantes e característicos de um comportamento esquizofrenico ou psicopata, não é o adequado.
Espero que profissionais da área, como a Dra Ana ontem no Jornal do Almoço, esclareçam e tragam para a população informações corretas sobre a esquizofrenia e a psicopatia, por exemplo!
Não podemos jamais esquecer que antes de afirmar qualquer diagnóstico é preciso ter contato com o paciente, investigar sua história, sua constituição, suas relações, entre tantos outros fatores, o que não é o caso.
O ato foi violento, assustador e o perfil desse rapaz merece sim investigação para que possamos esclarecer e entender melhor algumas coisas. O que devemos buscar é o trabalho preventivo com relação a saúde mental das pessoas, pois em se tratando de comportamento, o inesperado é a única certeza, o comportamento humano é imprevisível em todos os sentidos e até aqueles que se consideram "normais" não sabem realmente do que são capazes!!!
Cuide da sua saúde mental!!
Pense nisso!!!

quinta-feira, 14 de abril de 2011

São 23 horas...


Hoje tive um dia muito especial! Como ja descrevi anteriormente, pretendo relatar aqui no blog, as intervenções na APAE. Desde o ano passado, desenvolvo um trabalho terapêutico em grupo com a turma do EJA, adolescentes da escola. Durante os encontros, refletimos sobre diversos temas, sobre valores, priorizamos o momento do reconhecimento de si e do outro e da integração e fortalecimento da estima. Tenho uma grande preocupação com esses jovens. Cada um deles traz consigo uma contituição de sofrimento e de vulnerabilidade humana e social. Alguns não recenhecem sua própria identidade e isso é muito sério. Tenho procurado proporcionar algo que transforme a vida desses jovens e pensando nisso é que programamos uma série de atividades que possam promover essa mudança. São pequenas coisas mas que fazem uma enorme diferença na vida e no cotidiano de cada um dos participantes. E hoje, 14/04 iniciamos esse trabalho de resgatar a identidade de cada um, valorizar e reconhecer o espaço a qual pertencem. Visitamos a Câmara de Vereadores, foi muito interessante! O Grupo, acompanhados por mim e pela Prof Fernanda conheceram alguns vereadores e ouviram com atenção e curiosidade as manifestações dos representantes do povo! Acredito que algo siginificativo ficou para todos nós. Lembrando: esse é apenas o início de uma longa caminhada!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Segunda Feira 11/04/11! Estimados Visitantes e Amigos!

Estive pensando sobre o que aconteceu no Rio de Janeiro, lembrei-me e me associo as colocações da Psiquiatra ontem no Domingão do Faustão...Concordo quando ela tão bem colocou a questão da banalização da condição do assassino, a exposição da sua foto nas principais páginas de jornais, internet, a valorização do ato em si, da violência, da tragédia...Não podemos de forma alguma deixar de pensar que somos inteiramente culpados pelo acontecido. É isso mesmo! CULPADOS! falando em SER HUMANO é o que estamos reproduzindo na sociedade, com atos e pensamentos, atitudes e comportamentos completamente exacerbados, consumismo exagerado, ausência de preservação de valores, falta estrutura e exemplos, transferência de responsabilidades, entre tantos outros fatores, é que estamos sendo coniventes com tamanha atrocidade...trocando em miúdos: nós seres humanos estamos criando monstros que fazem parte de uma sociedade covarde, doente, insana...Precisamos seriamente pensar no aspecto "constituição humana", que envolve desde a gestação de uma criança, o ambiente de criação, as pessoas de identificação, a infância, a escola, os amigos, o lazer,enfim...Será que estamos levando isso em consideração? Será que vamos conseguir entender o fato? Será que muitos ainda não estão por vir? Será??? Pense nisso...

domingo, 10 de abril de 2011

Nota de Abertura

Hoje decidi criar o blog e compartilhar com você muitas coisas, afirmando que é preciso estar desacomodado, transformando atitudes e ações, sempre em busca de algo melhor. Não existe um bom exemplo a ser seguido, existe experiências, acontecimentos, fatos. Somos livres e o poder de decidir o caminho a seguir e como seguir esta em nossas mãos.
Este espaço se constitui a partir de hoje buscando a valorização do humano a partir do humano e de tudo que dele faz parte , porque SER é simplesmente EXISTIR.
É preciso refletir, se expressar, se posicionar, compreender, tentar entender o HUMANO demasiado HUMANO, é preciso tão pouco para que algo grandioso aconteça. Só assim o sofrimento pode ser aliviado ou então resolvido.
Eu confio nas palavras, na escuta e acredito em você, que você encontre aqui algo melhor...
Obrigado pela visita!!



Simplesmente Humano...

Porque ser HUMANO é ser simplesmente humano...
Porque o HUMANO é imperfeito, é incompleto, inacabado...
Porque o HUMANO é desumano, sofre e adoece...
Porque o HUMANO existe...
Porque no vazio da existência é preciso buscar algo melhor, a transformação, a ruptura...
Algo melhor para mim, para você e para a sociedade, porque o EU pertence ao OUTRO e NÓS pertencemos a ela...