segunda-feira, 25 de abril de 2011

O Trabalho na Escola e a Saúde Mental das Crianças

Hoje passamos por algumas dificuldades na escola e no enfrentamento de questões de violência, falta de respeito e má educação entre as crianças, criança com criança, bullyng, o que me deixou extremamente incomodada e me fez buscar mais entendimento de tais fenômenos que preocupam e nos intrigam pensando a saúde mental e as relações humanas a partir da infância, momento tão decisivo da vida, de constituição de personalidade, de definição de valores, de reconhecimento de regras, enfim. Acontece que se pararmos para pensar voltamos a falar dos adultos adoecidos, da desestrutura familiar, da falta de identificação na infância e na adolescência, do tão falado Bullyng. Não temos mais controle da situação e isso é muito sério.
Trabalhar a prevenção não é fácil mas é ainda o melhor caminho e não podemos deixar para amanhã o que se pode fazer hoje, porque muitos dos envolvidos em situação de violência e falta de respeito é porque vivenciam isso segundo a segundo na família e na sociedade, não brincam, não convivem com crianças somente com adultos junto aos seus problemas e vícios. As crianças deixaram de ser crianças e esses pequenos adultos acham que podem tudo, gritam, respondem, fazem caretas, colcocam a língua pra fora e mandam a gente tomar no...na maior educação!
Cheguei em casa fiz algumas leituras e uma delas quero compartilhar com vcs pois achei muito interessante, ela nos mostra a importância do trabalho terapêutico com crianças e da possível identificação de doenças graves através de uma intervenção bem feita, no tempo certo e da responsabiliadade do profissional.

LEIA VALE A PENA!
Via http://www.orm.com.br/plantao/noticia/default.asp?id_noticia=527532
Identificar distúrbios mentais na pré-escola pode evitar atos violentos e tragédias no futuro
Caso Wellington de Oliveira tivesse sido avaliado na infância e recebido tratamento adequado, a tragédia na escola Tasso da Silveira, em Realengo, zona oeste do Rio, poderia ter sido evitada. A afirmação é do psiquiatra Timothy Brewerton, especialista em infância e adolescência e estudioso de casos de tiroteios em escolas, como a de Columbine, nos Estados Unidos, onde dois estudantes mataram 13 colegas em 1999, deixando 21 feridos.
Timothy Brewerton está no Brasil com mais sete psiquiatras e um psicólogo norte-americanos para conhecer o trabalho de algumas instituições que desenvolvem serviços para a infância e adolescência. Ele deu uma palestra para estudantes do curso de psiquiatria infantil da Santa Casa da Misericórdia, no centro do Rio
“Há muitos distúrbios mentais associados à violência que podem ser identificados precocemente e, se tratados, é possível, sim, evitar que esse indivíduo se transforme num futuro antissocial ou psicopata. Por isso, segundo ele, o papel do Estado é vital, oferecendo um programa educacional e de saúde voltado para a pré-escola.”
 O médico explicou que a maioria das doenças mentais se desenvolve na infância e na adolescência. “E este é o momento de intervir, pois faz uma enorme diferença e pode determinar o futuro dessa criança ou adolescente”.
Brewerton disse que embora o bullying (agressões entre alunos) esteja associado a 75% dos casos de ataques a escolas, este não é o fator determinante, mas, sim, o fato de que todos os atiradores que sofreram bullying apresentavam transtornos mentais. O psiquiatra alertou, no entanto, que a pratica de bullying é responsável por muitos problemas de saúde mental e devem ser reprimidos.
 “A maioria das escolas americanas fecham os olhos para esse tipo de problema e algumas culpam mesmo a criança que sofre o bullying. Quando há uma briga, as duas crianças são suspensas ou punidas. A violência nas escolas é um problema de saúde pública e é preciso enfrentar isso com mais seriedade”.
 Ele informou que dados da Associação Nacional de Educação dos Estados Unidos mostram que 160 mil crianças faltam aula diariamente por medo de ataques ou intimidações. O psiquiatra mostrou que entre 1966 e 2011 ocorreram 66 incidentes envolvendo atiradores em escolas. Do total 70% foram nos EUA (46) e 76% (57) cometidos por adolescentes. “Não existe um perfil. É impossível criar um esterótipo de um possível atirador. Mas posso garantir que a assistência de saúde mental evita todos os dias um ato violento na sociedade”.
 O fácil acesso a armas para ele é decisivo no alto número de ataques a escolas em seu país, e não deve ser ignorado, embora as autoridades norte-americanas se recusem a discutir o assunto. “Em 2009, um em cada dez jovens levou uma arma para a escola”, lamentou o médico. “E 58% dos casos de expulsão nas escolas foram por porte de arma, sendo 17% por arma de fogo”.
 No entanto, segundo o médico é importante enfatizar que apenas 1% das mortes de crianças ocorre nas escolas, que ainda são um dos locais mais seguros do mundo.

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