Dentre os fatores que foram expostos pela reportagem o que mais me chamou a atenção e merece destaque é o relato da diretora no que diz respeito ao reconhecimento por parte da escola do fracasso escolar, o que nos mostra que reconhecer é possibilitar aprendizagem de outras formas e é isso que a escola proporciona. Não existe tempo certo de apreender o conhecimento, o importante é promover a aprendizagem significativa legitimando o professor e consequentemente o aluno.
Pensar que a vulnerabilidade social representa a pobreza e que sujeira, falta de higiene, disperdícios, má educação entre tantos outros aspectos possuem relação direta a ela, caracteriza um pensamento arcaico e exclusor. Os pobres também são capazes e merecem oportunidades, se tiverem investimento cultural, social e humano o resultado será positivo. Aqui vale lembrar da teoria de Skinner quanto ao estímulo resposta, é assim mesmo que funciona!
A escola do bairro pobre de Goiânia é um caso típico de uma boa gestão, a aprendizagem é promovida numa mistura de concentração com entusiasmo, a seguir o comentário do especialista Gustavo Ioschpe:
"Esse é um exemplo fantástico. A gente tem aqui uma diretora que é uma heroína da educação brasileira. Uma profissional que assumiu essa escola há oito anos, quando ela estava quase fechando, com 67 alunos, e, desde então, vem batalhando para fazer dessa escola uma escola de nível de primeiro mundo, que é o que ela conseguiu hoje. O segredo dessa mudança na escola é o comprometimento. A palavra que a professora usa é comprometimento. Todos os profissionais que estão nessa escola estão comprometidos em fazer com que os alunos aprendam. E elas dizem: ‘Nós não temos tempo para esperar que o aluno aprenda, nós temos que ensinar para todos os alunos’. E os alunos que chegam aqui saem com possibilidades de vida muito maiores do que eles sonhavam. Essa escola é realmente fantástica e um exemplo para todo o Brasil”
